A arginina é um aminoácido básico em fluidos fisiológico e condicionalmente essencial. Seu conteúdo é relativamente elevado em frutos do mar, nozes, sementes, algas, carnes, concentrado de proteína de arroz, mais baixo nos leites da maioria das espécies. Porém quantidades substanciais de arginina administrada por via oral não entra na circulação sistêmica em indivíduos adultos, sendo 40% da arginina dietética degradada pelo intestino delgado no metabolismo de primeira passagem.Quando os níveis dietéticos de arginina são elevados a síntese intestinal de citrulina a partir de glutamina e glutamato pode ser inibida para poupar esses nutrientes para outras vias metabólicas.
Além dos rins, quase todas as células podem converter prontamente a citrulina em arginina, incluindo células endoteliais, adipócitos, enterócitos, macrófagos, neurônios e miócitos. Embora a literatura indique que a arginina é formada no fígado, estudos mostram que não há nenhuma síntese líquida de arginina através da via de uréia hepática porque o fígado contém uma atividade extremamente elevada da enzima arginase para hidrolisar arginina em uréia mais ornitina, sendo a arginina produzida, mas também muito utilizada.
A arginina apresenta importante função na síntese protéica e no metabolismo intermediário de nitrogênio por participar do ciclo da uréia. É também precursora de muitos outros compostos tais como, poliaminas, agmatina, prolina e glutamina. A arginina é precursora da creatina importante substrato do metabolismo energético. A ingestão dietética de arginina é de aproximadamente 5g/dia em adultos, destes em média 2,3 g são utilizados para a síntese de creatina. A arginina induz a liberação de somatotropina e prolactina pela hipófise e a liberação pancreática de insulina. Também estimula a secreção do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) e a liberação de hormônios anti-insulinêmicos como glucagon, somatostatina e catecolaminas. Quando metabolizada à citrulina, a arginina promove a formação de compostos nitrogenados como: óxido nítrico, nitritos e nitratos. Grande parte da importância biológica da arginina está atribuída ao ON (óxido nítrico).
O óxido nítrico é um potente regulador vasoativo, neuromodulador e sinalizador que atua facilitando a dilatação dos vasos sanguíneos e diminuindo a resistência vascular permitindo a entrada de nutrientes e melhorando a oxigenação celular. É biossintetizado a partir do aminoácido L-arginina, oxigênio e uma variedade de cofatores mediado pela enzima óxido nítrico sintase (ENOS). Apesar da arginina aumentar a produção de óxido nítrico, ainda não há evidências claras de que esta síntese de óxido nítrico resulta em melhorias no desempenho do exercício em indivíduos saudáveis.
Sendo assim a arginina possui diversas funções sendo precursora para a síntese de proteínas e outras moléculas de importância biológica, com isso mais estudos com o uso da arginina são necessários para elucidar o subjacente mecanismo de ação em relação à vasodilatação.
Pesquisado por Ronildo de Sousa Lima, dia 04/05/2016, no site http://sncsalvador.com.br/arginina-e-vasodilatacao/.
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